Sabor&ando por aí voltou com todo gás. Acho que o tempo que ficamos sem viajar por causa da gravidez e do pós parto nos deixou sedentos e agora estamos tirando o atraso. Hehe
O destino dessa vez foi Jurere, em Santa Catarina. Já viemos há dois anos, mas não aproveitamos tanto como dessa vez porque o tempo não estava tão bom. E olha que agora estamos com dois bebês.
Um dia antes de colocarmos o pé na estrada de novo, eu estava andando próximo a nossa pousada, para fazer o meu filho mais novo dormir. Aí comecei a olhar os restaurantes - como sempre. Mas muitos estavam fechados por ser domingo, o que foi frustrante já que estamos em uma cidade de praia... mas tudo bem. Depois de uma boa caminhada, achei um lugar bem charmosinho que estava aberto, porém vazio. Mas ele me chamou a atenção por ser uma delicatessem.
Como eu estava com carrinho de bebê e para entrar no restaurante era preciso subir uma escada, eu desisti, mas olhei o cardápio que estava exposto do lado de fora. Quando eu estava indo embora, um senhor saiu la de dentro e me abordou, perguntando se eu precisava de ajuda. Eu disse que estava procurando um lugar para apenas pedir a comida, já que meu marido estava na pousada com a nossa outra filha. Ele disse que poderia preparar qualquer prato para viagem, caso eu desejasse. Me conquistou.
Quando olhei o cardápio, os pratos pareciam diferenciados e bem elaborados. Comecei a me animar. O senhor, que eu acredito que era o dono, me sugeriu um polvo e um camarão. Acertou em cheio, adoramos os dois. Em 25 minutos eu voltei no restaurante para buscar meus pratos...
Enfim, vamos ao que interessa... Pedi um polvo grelhado com batata baroa e um camarão com calda de goiabada e risosto cítrico. IMPOSSÍVEL dizer qual estava mais gostoso. A combinação de sabores era perfeita, Tudo se completava. Não tinha um tempero que brigava com o outro. Os pratos tinham uma harmonia incrível e surpreendente.
Nos esbaldamos de tanto comer. Foi realmente de lamber os dedos e pedir bis. Ficamos impressionados. Dava para sentir o carinho, o amor e a exigência com que preparam os pratos. Não tirei foto por dois motivos: primeiro, porque não deu tempo e, segundo, porque a apresentação em "quentinha" não é nada agradável e não queremos deixar uma má impressão de uma comida tão espetacular. Somos da opinião que também se come com os olhos.
O restaurante vai virar parada obrigatória nas próximas viagens a Jurere. Podem ir de olhos fechados.
Fica a dica: http://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303576-d3753283-Reviews-Le_Napoleon-Florianopolis_State_of_Santa_Catarina.html
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Mendoza, o paraíso dos vinhos
Depois de tanto falar de comida, vamos ao que interessa...
afinal, que vai a Mendoza está mais preocupado em degustar deliciosos vinhos do
que comer, não é mesmo?
Passamos três dias nessa encantadora cidade e dividimos o
nosso tempo para conhecer duas vinícolas por dia, uma pela manhã e outra à
tarde. Vale lembrar que Mendoza concentra mais de 60% dos vinhedos do país e
mais de 30% das vinhas são de Malbec. O restante é de carbenet sauvignon,
chardonnay, syrah, entre outros.
No nosso primeiro dia, contratamos um motorista, que nos
levou para a famosa Bodega Trapiche, em Maipu. A vinícola é muito grande e com
uma bela história. Fundada em 1912, é uma vinícola com números expressivos, são
mais de 12 mil barricas, exporta para 83 países e está preparada para 10
milhões de litros de vinho.
Como apaixonados por vinhos, degustamos os principais e podemos
dizer, sem a menor sombra de dúvidas, que o Sem Rótulo, nome do vinho, foi o
que mais apreciamos... trouxemos algumas garrafas. Mas ainda degustamos um Sauvignon Blanc -
2013, um Cabernet Franc – 2012 e um Santa Julia Reserva.
A visita é deliciosa, mas depois de já ter conhecido todo o
processo de como se faz o vinho na vinícola anterior, já queríamos passar para
a degustação. Hehe. Nessa bodega, optamos por uma degustação diferenciada, um
pouco mais cara, mas que vale muito a pena. Saímos do grupo e fomos para uma
sala especial para provarmos os vinhos mais selecionados. Realmente fez toda
diferença. Experimentamos vinhos fantásticos. A cada gole, tivemos a certeza
que valeu a pena pagar um pouco mais. Recomendamos muito essa degustação. E os
vihos foram: o Alma 4, o Aluvional – 2010, o Zeta – 2010 e o Tempranillo - 2011.
O preferido foi o Aluvional, claro, considerado o top da vinícola, coincidência
ou não...
No nosso segundo dia de Mendoza, fomos para as vinícolas de
Lujan de Cuyo. A primeira que visitamos foi a Achaval Ferrer. Fundada em 1998, ela
ocupa um lugar de destaque na lista dos 20 melhores Malbecs da Argentina.
Porém, esperávamos bem mais dos vinhos, até mesmo por causa da história e dos
valores. Saímos frustrados. Nenhum dos vinhos que degustamos chamou a nossa atenção.
E podemos dizer que não foram poucos. São eles: Temporis – 2008, Quimera –
2011, Finca Bella Vista – 2012, Finca Altamira – 2011, Finca Mirador – 2011, e,
por último, um de sobremesa, Dolce – 2012.

Bastante conhecida no “mundo dos vinhos”, os vinhos são
simplesmente espetaculares e a vinícola já foi classificada, em 2010, como a
melhor da Argentina. A degustação era particular e acompanhada de alguns
petiscos, o que fez toda diferença. Agora vai ser difícil dizer qual o vinho mais
saboroso. Realmente gostamos de todos. Mas degustamos um Zingaretti Vineyard –
2012, um Rebon Vineyard – 2012, um Touza Vineyard- 2012 e um Marchiori Vineyard
2012. Estávamos maravilhados com o lugar e com os deliciosos vinhos que
tínhamos acabado de degustar. Recomendamos de olhos fechados. E, escrevendo esse post,
deu até vontade de abrir uma garrafa rsrs.
No nosso último dia de Mendoza, decidimos não visitar mais as vinícolas... mas não podíamos deixar de conhecer a famosa Chandon para fechar a nossa viagem em alto estilo e regada a muito espumante. A empresa Moët & Chandon surgiu na França em 1743 e já possui unidades de produção na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos e na Austrália.


A bodega é bem sofisticada e luxuosa. Na degustação, experimentamos três espumantes, sendo um deles o meu preferido, Chandon Dèlice, que é mais utilizado para fazer dinks, mas confesso que o prefiro puro mesmo e bem geladinho. Não tem como sair de lá sem fazer umas comprinhas. Além dos espumantes, eles também vendem as lindas taças personalizadas. O problema é só trazer as taças para o Brasil. A embalagem não é nada segura. Mas conseguimos chegar em casa com todas inteiras... ufaaa.



Ainda na região de Maipu, visitamos, à tarde, a Bodega
Família Zuccardi. Fundada em 1963, por Alberto Zuccardi, tem como principal
característica o cultivo orgânico. Mais de 30% dos vinhedos dessa bodega são
certificados como orgânicos


Como estávamos frustrados com a Achaval Ferrer, colocamos toda
a nossa expectativa na próxima vinícola... fomos então para Viña Cobos...
BINGOOO!!! Perfeita. Deliciosa. Linda. Espetacular. Foi a melhor degustação que
fizemos nessa viagem.


No nosso último dia de Mendoza, decidimos não visitar mais as vinícolas... mas não podíamos deixar de conhecer a famosa Chandon para fechar a nossa viagem em alto estilo e regada a muito espumante. A empresa Moët & Chandon surgiu na França em 1743 e já possui unidades de produção na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos e na Austrália.


A bodega é bem sofisticada e luxuosa. Na degustação, experimentamos três espumantes, sendo um deles o meu preferido, Chandon Dèlice, que é mais utilizado para fazer dinks, mas confesso que o prefiro puro mesmo e bem geladinho. Não tem como sair de lá sem fazer umas comprinhas. Além dos espumantes, eles também vendem as lindas taças personalizadas. O problema é só trazer as taças para o Brasil. A embalagem não é nada segura. Mas conseguimos chegar em casa com todas inteiras... ufaaa.
Bem, Mendoza possui mais de 1000 vinícolas e fica difícil
dizer quais as melhores, mas vale a pena visitar as mais famosas e, claro, a Chandon.
Ah, uma dica muito importante: não comprar os vinhos nas
vinícolas porque são muito mais caros do que nas enotecas da cidade. A diferença
de preço é brutal.
Cantina italiana em Mendoza tem nome: Francesco
Na nossa última noite em Mendoza, decidimos não jantar e
procurar por um lugar gostoso para apenas tomar um vinho para nos despedir da
nossa viagem enogastronômica. Nessa caminhada, nos deparamos com uma casa super
agradável e com um jardim muito bonito. Decidimos entrar para ver o quê era.
Mais uma vez, nosso instinto desbravador, mesmo sem querer,
nos levou a um restaurante fantástico e que nos deixou saudades. Esse lugar
encantador era uma típica cantina italiana, com comida caseira.
O restaurante chama Francesco, em homenagem ao patriarca dessa
família de italianos. E nasceu da vontade de transformar a própria casa em um lugar
para oferecer aos clientes momentos agradáveis. Podem acreditar que eles
realmente conseguiram.
A nossa vontade de degustar apenas um vinho foi por água a
baixo e acabamos saboreando deliciosos pratos com muita poesia. Poesia? Sim, a
dona do restaurante, dona Maria Teresa, é uma bela cozinheira e também uma emocionante
poetiza.
Fique tão entusiasmada com os pratos, com o lugar e com o
carinho da dona Maria Teresa que me esqueci completamente de tirar fotos do que
apreciamos. Mas posso garantir que tudo estava delicioso. Ah, os azeites desse
restaurante são feitos exclusivamente pela Bodega Zuccardi.
Fechamos nossa noite e a nossa viagem com chave de ouro. Saboreamos
excelentes pratos e conhecemos a autora, ou melhor, a artista dona Maria
Teresa, cuja comida é uma verdadeira obra de arte, para quem gosta de comida
italiana.
A simplicidade dessa mulher, que saiu da cozinha, ainda de
avental, e cumprimentou todos na mesa foi realmente algo marcante. E para os
amantes da poesia, não deixem de comprar o livro “Receitas e Poesia”, de
autoria da própria dona Maria Teresa.
Fica a dica: http://www.francescoristorante.com.ar/
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Um pedacinho do Vietnã em Montreal
Pelas nossas andanças por Old Montreal, conhecemos, por acaso, o Sushiya, um restaurante oriental, que ficava dentro do Le Marche Bonsecours, um antigo mercado público, construído entre 1844 e 1852, e que hoje é sede do Conselho de ofícios de arte de Quebec e do Instituto de Design de Montreal e tem várias salas de exposição, restaurantes e comércio.
Já tinha passado e muito da hora do almoço e eu, grávida, não aguentava mais de fome. Achei que ia ser difícil comer algo nesse tipo de restaurante, já que os pratos principais são crus, mas me enganei. Os donos do restaurante eram vietnamitas e mal falavam inglês. Como a comunicação não estava muito boa, eles trouxeram um Ipad e nos mostraram as especialidades da casa e alguns pratos que eu podia saborear
Vendo as fotos, tivemos vontade de comer absolutamente tudo o que eles nos mostravam, mas optamos por um Nid d'oiseau (um ninho de macarrão com legumes) e um Imperial Rolls, o tradicional rolinho primavera, acompanhado de uma salada deliciosaaaa. E, para espantar um pouco do frio, finalizamos com uma Wonton Soup, uma sopa típica do sudeste da China feita com vegetais e condimentos, que estava incluída em um dos pratos.
O lugar realmente nos surpreendeu. Um restaurante simples, sem muito movimento, mas com uma comida deliciosa e um atendimento fantástico. Posso dizer que ficamos com muita vontade de voltar lá para experimentar outros pratos, mas decidimos deixar para uma segunda ida a Montreal.
O Sushiya é uma excelente pedida para quem vai passear em Old Montreal e aprecia a cozinha oriental.
Fica a dica: http://www.restomontreal.ca/en/6592/Sushi-Ya
Já tinha passado e muito da hora do almoço e eu, grávida, não aguentava mais de fome. Achei que ia ser difícil comer algo nesse tipo de restaurante, já que os pratos principais são crus, mas me enganei. Os donos do restaurante eram vietnamitas e mal falavam inglês. Como a comunicação não estava muito boa, eles trouxeram um Ipad e nos mostraram as especialidades da casa e alguns pratos que eu podia saborear
Vendo as fotos, tivemos vontade de comer absolutamente tudo o que eles nos mostravam, mas optamos por um Nid d'oiseau (um ninho de macarrão com legumes) e um Imperial Rolls, o tradicional rolinho primavera, acompanhado de uma salada deliciosaaaa. E, para espantar um pouco do frio, finalizamos com uma Wonton Soup, uma sopa típica do sudeste da China feita com vegetais e condimentos, que estava incluída em um dos pratos.
![]() |
Imperial Rolls |
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Nid d'oiseau |
O lugar realmente nos surpreendeu. Um restaurante simples, sem muito movimento, mas com uma comida deliciosa e um atendimento fantástico. Posso dizer que ficamos com muita vontade de voltar lá para experimentar outros pratos, mas decidimos deixar para uma segunda ida a Montreal.
O Sushiya é uma excelente pedida para quem vai passear em Old Montreal e aprecia a cozinha oriental.
Fica a dica: http://www.restomontreal.ca/en/6592/Sushi-Ya
Seja bem vindo ao mundo de Francis Mallmann. Entre e se delicie
O restaurante escolhido foi o 1884, da Bodega Escorihuela Gascon, vinícola mais antiga de Mendoza ainda em atividade. O dono desse lugar magnífico é o famoso Francis Mallmann, um dos chefs mais famosos da América Latina. Ah, é precisai fazer reserva com antecedência.
Uma curiosidade: A sede dessa vinícola foi construída em 1884, daí o nome do restaurante. Mas um grande incêndio acabou com tudo. E, se não fosse Francis Mallmann reconstruí-las dos escombros, nós quase perdemos um grande restaurante, uma grande vinícola e uma grande história.
O restaurante lembra muito aqueles casarões antigos, mas traz um toque de modernidade. Um lugar diferenciado e que já encanta desde a entrada. Ah, a seleção musical também merece destaque… perfeita.
Agora vamos ao que interessa, o Menu… De entrada, pedimos uma salada de vieiras e as famosas empanadas. Como já tínhamos comido as empanadas da Casa de Campo, que são mais que perfeitas, essas deixaram a desejar. Mas a salada de vieira fez com que já valesse a noite… deliciosa, saborosa… hummm
Empanadas |
|
Salada de vieiras |
Depois, pedimos mais dois pratos que foram degustados com um delicioso Malbec da própria vinícola, Um deles foi um polvo grelhado com batatas fritas, que agradou a quem estava afim de uma comida mais leve. E, mais uma vez, apreciamos um delicioso coelho feito ao forno de barro, que fechou o jantar com chave de ouro.
Polvo |
Se você está disposto a uma noite especial, em um lugar espetacular, indicio, de olhos fechados, o restaurante 1884.
O restaurante merece um repeteco para pedirmos os pratos mais elaborados da cozinha contemporânea, que é o carro chefe de lá. Só não pedimos dessa vez porque estávamos entusiasmados com a comida ao forno. Mas quem for lá e pedir as especialidades da casa, pode também nos dizer o que achou.
Então, fica a dica: http://www.1884restaurante.com.ar
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