quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Mendoza, o paraíso dos vinhos

Depois de tanto falar de comida, vamos ao que interessa... afinal, que vai a Mendoza está mais preocupado em degustar deliciosos vinhos do que comer, não é mesmo?
 

Passamos três dias nessa encantadora cidade e dividimos o nosso tempo para conhecer duas vinícolas por dia, uma pela manhã e outra à tarde. Vale lembrar que Mendoza concentra mais de 60% dos vinhedos do país e mais de 30% das vinhas são de Malbec. O restante é de carbenet sauvignon, chardonnay, syrah, entre outros.
No nosso primeiro dia, contratamos um motorista, que nos levou para a famosa Bodega Trapiche, em Maipu. A vinícola é muito grande e com uma bela história. Fundada em 1912, é uma vinícola com números expressivos, são mais de 12 mil barricas, exporta para 83 países e está preparada para 10 milhões de litros de vinho.
Como apaixonados por vinhos, degustamos os principais e podemos dizer, sem a menor sombra de dúvidas, que o Sem Rótulo, nome do vinho, foi o que mais apreciamos... trouxemos algumas garrafas.  Mas ainda degustamos um Sauvignon Blanc - 2013, um Cabernet Franc – 2012 e um Santa Julia Reserva.
Ainda na região de Maipu, visitamos, à tarde, a Bodega Família Zuccardi. Fundada em 1963, por Alberto Zuccardi, tem como principal característica o cultivo orgânico. Mais de 30% dos vinhedos dessa bodega são certificados como orgânicos
A visita é deliciosa, mas depois de já ter conhecido todo o processo de como se faz o vinho na vinícola anterior, já queríamos passar para a degustação. Hehe. Nessa bodega, optamos por uma degustação diferenciada, um pouco mais cara, mas que vale muito a pena. Saímos do grupo e fomos para uma sala especial para provarmos os vinhos mais selecionados. Realmente fez toda diferença. Experimentamos vinhos fantásticos. A cada gole, tivemos a certeza que valeu a pena pagar um pouco mais. Recomendamos muito essa degustação. E os vihos foram: o Alma 4, o Aluvional – 2010, o Zeta – 2010 e o Tempranillo - 2011. O preferido foi o Aluvional, claro, considerado o top da vinícola, coincidência ou não...  
No nosso segundo dia de Mendoza, fomos para as vinícolas de Lujan de Cuyo. A primeira que visitamos foi a Achaval Ferrer. Fundada em 1998, ela ocupa um lugar de destaque na lista dos 20 melhores Malbecs da Argentina. Porém, esperávamos bem mais dos vinhos, até mesmo por causa da história e dos valores. Saímos frustrados. Nenhum dos vinhos que degustamos chamou a nossa atenção. E podemos dizer que não foram poucos. São eles: Temporis – 2008, Quimera – 2011, Finca Bella Vista – 2012, Finca Altamira – 2011, Finca Mirador – 2011, e, por último, um de sobremesa, Dolce – 2012.
Como estávamos frustrados com a Achaval Ferrer, colocamos toda a nossa expectativa na próxima vinícola... fomos então para Viña Cobos... BINGOOO!!! Perfeita. Deliciosa. Linda. Espetacular. Foi a melhor degustação que fizemos nessa viagem.
Bastante conhecida no “mundo dos vinhos”, os vinhos são simplesmente espetaculares e a vinícola já foi classificada, em 2010, como a melhor da Argentina. A degustação era particular e acompanhada de alguns petiscos, o que fez toda diferença. Agora vai ser difícil dizer qual o vinho mais saboroso. Realmente gostamos de todos. Mas degustamos um Zingaretti Vineyard – 2012, um Rebon Vineyard – 2012, um Touza Vineyard- 2012 e um Marchiori Vineyard 2012. Estávamos maravilhados com o lugar e com os deliciosos vinhos que tínhamos acabado de degustar. Recomendamos  de olhos fechados. E, escrevendo esse post, deu até vontade de abrir uma garrafa rsrs.

No nosso último dia de Mendoza, decidimos não visitar mais as vinícolas... mas não podíamos deixar de conhecer a famosa Chandon para fechar a nossa viagem em alto estilo e regada a muito espumante. A empresa Moët & Chandon surgiu na França em 1743 e já possui unidades de produção na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos e na Austrália.












A bodega é bem sofisticada e luxuosa. Na degustação, experimentamos três espumantes, sendo um deles o meu preferido, Chandon Dèlice, que é mais utilizado para fazer dinks, mas confesso que o prefiro puro mesmo e bem geladinho. Não tem como sair de lá sem fazer umas comprinhas. Além dos espumantes, eles também vendem as lindas taças personalizadas. O problema é só trazer as taças para o Brasil. A embalagem não é nada segura. Mas conseguimos chegar em casa com todas inteiras... ufaaa.
Bem, Mendoza possui mais de 1000 vinícolas e fica difícil dizer quais as melhores, mas vale a pena visitar as mais famosas e, claro, a Chandon.
Ah, uma dica muito importante: não comprar os vinhos nas vinícolas porque são muito mais caros do que nas enotecas da cidade. A diferença de preço é brutal.

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